>>>Reflexão - Criando filhos.
Até mesmo uma criança revela sua personalidade mediante suas
ações; seu procedimento demonstrará o quanto ela é sincera e bondosa.
(Provérbios 20:11)
Quando eu era garoto, meu pai me perguntava: "O que você quer ser
quando crescer?" E eu respondia com franqueza (adoravelmente, sem
dúvidas), "um papai':Em 2011, meu sonho de me tornar pai tornou-se
realidade quando meu filho, Oscar, nasceu. Desde este dia, minhas esperanças e
sonhos se voltaram para o que o Oscar será quando crescer. É claro que eu gosto
de imaginar ele crescendo bonito, talentoso, piedoso e amável, mas não tem como
saber isso ainda...Sem dúvida, ele terá uma cabeleira decepcionante, gostará
de comer e suará mesmo quando estiver frio. Para a maioria das coisas, no
entanto, vou ter que esperar para ver o que ele vai ser quando crescer.
Muitas vezes, eu sonho com o grande homem que ele pode ser e quão amável
ele será para os outros. Eu sonho que técnicos, professores e pastores irão
aprová-lo e até mesmo se impressionar com ele. Imagino seus colegas tendo alta
consideração por ele, querendo estar perto dele o tempo todo. Eu imagino que a
geração que o segue irá admirá-lo. Eu amo a ideia de que, enquanto ele se torna
um homem, ele alcançará favor em tudo e com qualquer pessoa que ele entrar em
contato. Alguns desses desejos são saudáveis, e alguns são orgulhosos.
Eu tenho um forte, e certamente não-incomum desejo de que meu filho seja
validado pelo amor das outras pessoas. Muitos pais querem que seus filhos ou
filhas sejam pessoas amadas, mas este desejo não é o que faz João 15.19 tão
transformador e importante quando confronta a maneira como preparamos nossos
filhos para o futuro. Cristo diz a seus discípulos: "Se vocês pertencessem
ao mundo, ele os amaria como se fossem dele. Todavia, vocês não são do mundo,
mas eu os escolhi, tirando-os do mundo; por isso o mundo os odeia". E não
é apenas em João 15.19. Há muitos textos nas Escrituras que descrevem a relação
conflituosa que os seguidores de Deus terão com aqueles que não são crentes.
Lendo isto, percebi que se Deus responder minhas orações para que meu
filho se torne um seguidor de Cristo, as pessoas irão odiá-lo. Sem dúvida, as
pessoas serão absolutamente repelidas por meu filho.
Se Deus graciosamente salvar meu Oscar, pessoas irão chamá-lo de fanático
e homofóbico. Alguns irão ridicularizá-lo como um machista da mesma forma que
eles desprezam suas crenças "sexistas". Ele será desprezado como um
"mente fechada" por dizer que Jesus Cristo não é apenas Deus, mas o
único Deus. Ele provavelmente vai conhecer uma garota que o insulta por sua masculinidade
ou por considerá-lo antiquado por esperar um casamento sem ter tido sexo. Seus
colegas irão achar que ele é um puritano. Valentões irão chamá-lo de covarde.
Sua integridade atrairá insultos como "caxias" (eu não sei o que isso
significa).
Os professores acharão que meu filho ignora os fatos científicos sobre
nossas origens, incitando seus colegas de classe a acharem ele um idiota.
Pessoas vão dizer que ele foi desviado por seus pais a um caminho ultrapassado
de moralidade mascarado por um relacionamento com Deus. Consultores financeiros
irão achar que ele é irresponsavelmente generoso. Quando ele tomar uma decisão,
haverá aqueles que não tolerarão sua intolerância. Ele será julgado como
julgador. Ele terá inimigos e eu pedirei que ele os ame, e mesmo por isso ele parecerá um tolo.
Se você é como eu e espera que seus filhos sejam seguidores devotos e
completos de Cristo, então precisamos criar uma geração que está preparada para
ser distintivamente diferente de seus colegas. Em muitas formas, isto é o
oposto da minha inclinação natural de como criar meu filho. Criar filhos que
estão prontos para serem odiados significa criar crianças que não têm vergonha
de seu amor por Deus, mesmo em meio ao ódio e à alienação. Independente dos
insultos serem legítimos ou ingênuos, oro para que nossos filhos estejam
prontos para manterem-se firmes em meio a um mundo que os odeia.
Por Adam Griffin
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